terça-feira, abril 14, 2009

Invertendo papéis em entrevista com Ricardo Noblat


“Virei blogueiro acidentalmente”. Quem escuta a frase quase não acredita que foi dita pelo criador de um dos blogs jornalísticos mais conhecidos e premiados da webesfera: o jornalista Ricardo Noblat. Revelações como essa e comentários, no mínimo, polêmicos foram feitos durante a noite de 2 de abril, no auditório do Centro Universitário Newton Paiva, onde Noblat e o jornalista Claudiney Ferreira participaram de uma coletiva. Indagado pelos alunos de Jornalismo, Ricardo Noblat contou um pouco de sua vida profissional.“Passei a maior parte da minha carreira dentro de redações de jornais e revistas. Acidentalmente, foi meu trabalho com o impresso que me fez criar um blog”, afirmou.

Atualmente, o "blogdonoblat.com.br” recebe mais de 50 mil acessos por dia. Talvez seja por isso que ele tenha sido bombardeado de perguntas relacionadas a blogosfera. Segundo o jornalista, as pessoas tem fome de informação e no caso dos blogs são várias as vantagens que podem ser encontradas, como a atualização de notícias em tempo real . “Blog é como o rádio, as notícias podem ser dadas em primeira mão”, disse. Além disso, a interação com os leitores proporcionada pela internet se tornou o princiapal motivo que, hoje em dia, faz Noblat não pensar de forma alguma em anunciar o fim de seu blog, como pensou em março de 2004.

Naquele ano, Ricardo Noblat informou aos seus leitores que o blog acabaria por ali. “Seria difícil matê-lo já que este havia nascido a partir de uma coluna que eu publicava aos domingos no extinto jornal O Dia. A direção do jornal havia mudado e cancelado a coluna, consequentemente, estava desempregado”, afirmou. A reação das pessoas foi imediata. Dezenas de comentários brotavam na tela de computador. Alguns desejando sorte e outros, a maioria, proibindo o fim do blog. Graças a incentivos como esses, Noblat desistiu de desistir e hoje é considerado um dos principais jornalistas do país que informam sobre o cenário político brasileiro e seus figurões, colecionando prêmios da áerea como o Prêmio Ibest 2006.


Amanda Paixão

Leia também:

Entrevista com Miriam Leitão

Nenhum comentário:

Postar um comentário